.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Final de Novembro(Rigel Castro)

O ano correu
A hora chegou
O medo
A angustia
A aflição
A hora chegou,
Ela chegou
Tudo se resume em alguns instantes!

A hora passa e a vida continua!

Lírio do campo dos sonhos!(Rigel Castro)

Nem sempre posso ter você perto de mim,
Sou consciente da saudade que detenho no meu coração, e que fomento no seu.
Sei que és culpa minha, os rios intermitentes que escorrem na face da tua alma e a agonia que por hora se instalou no seu coração.
As asas dos meus sonhos esbarram em obstáculos naturais do ser humano que só poderão ser transpostos em um futuro incerto.
Nunca alcançaremos o gozo enquanto estivermos presos ao passado e ao medo do futuro.
Nem sempre o final feliz é o melhor pra gente.

sábado, 22 de novembro de 2008

Alegria, Alegria (Caetano Veloso)

CAMINHANDO CONTRA O VENTO
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NO SOL DE QUASE DEZEMBRO
EU VOU

O SOL SE REPARTE EM CRIMES,
ESPAÇONAVES, GUERRILHAS
EM CARDINALES BONITAS
EU VOU

EM CARAS DE PRESIDENTES
EM GRANDES BEIJOS DE AMOR
EM DENTES, PERNAS, BANDEIRAS
BOMBA E BRIGITTE BARDOT
O SOL NAS BANCAS DE REVISTA
ME ENCHE DE ALEGRIA E PREGUIÇA
QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA
EU VOU

POR ENTRE FOTOS E NOMES
OS OLHOS CHEIOS DE CORES
O PEITO CHEIO DE AMORES VÃOS
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO

ELA PENSA EM CASAMENTO
E EU NUNCA MAIS FUI À ESCOLA
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO,
EU VOU

EU TOMO UMA COCA-COLA
ELA PENSA EM CASAMENTO
E UMA CANÇÃO ME CONSOLA
EU VOU

POR ENTRE FOTOS E NOMES
SEM LIVROS E SEM FUZIL
SEM FOME SEM TELEFONE
NO CORAÇÃO DO BRASIL

ELA NEM SABE ATÉ PENSEI
EM CANTAR NA TELEVISÃO
O SOL É TÃO BONITO
EU VOU
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NADA NO BOLSO OU NAS MÃOS
EU QUERO SEGUIR VIVENDO, AMOR
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO...


Força e determinação...amanhã é o dia!

sábado, 15 de novembro de 2008

QUEM MORRE? (Pablo Neruda)

QUEM MORRE?
(Pablo Neruda)



Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !