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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

O mundo da voltas...

O mundo da voltas...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Recomeçar.(Rígel "Tácito" Castro)

Carrego no peito um coração amargurado
Um coração destroçado por amar demais
Carrego no peito as maiores dualidades que existem na vida:
Amargura e felicidade,
Amor e ódio
Alegria e tristeza.

Carrego no peito um coração tolo,
Que ama sem nada pedir em troca
Que chora sem medo,
Que ama sem limite.
Carrego no peito a imperfeição de tornar possível o impossível.

Carrego no peito um coração cheio de saudades.
Sempre tratei de deixar bem longe os que não sei viver sem,
É o medo da saudade eterna,
É o medo de ser mais preto e branco.

Carrego no peito um coração solitário,
Que sempre procurou um par,
Mas nunca foi capaz de ser companheiro.

Carrego no peito um coração que sempre deu Adeus aos amores,
Por respeito.
Por medo.
Por falta...
Por amor.

Carrego no peito um coração que toda noite demora a dormir,
Agoniado com o amanhã.
Carrego no peito um coração que ora é esperança ora é desilusão.
Carrego peito a dor de amar de verdade, sem barreiras, sem limites, sem hora, sem distância.

Carrego no peito a coragem,
De enxugar as lagrimas com um sorriso,
De voltar atrás após o erro.
De recomeçar o que parecia ter fim.

Carrego no coração a calma, o sossego de um ser que já viu o mundo de perto.

Esperança...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

!!!SOL!!!


Rígel Castro

Queria ter forças para correr dias sem parar.
Quem sabe fazer uma reprise de “forest gump”.
Correr sem destino, sem compromisso.
Correr tão rápido que nada que me cause dor consiga alcançar-me.
Correr e olhar a tristeza ficar pra trás... Sem forças para me aprisionar!


Correr e esquecer um pouco do mundo...
Esquecer dos sonhos
Esquecer você!

Olhar o sol nascer e morrer!
Esquecer que existe tempo...
Esquecer que te amo...
Viver só! Sem nada pra me fazer sofrer.

Sonhar dias inteiros!
Discursar horas e horas!
Fazer planos de papel... E à noite queimá-los.

Ser só eu!

domingo, 27 de setembro de 2009

Eu não, Nós. (Rígel Castro)

Não deixe que o tempo apague o amor,
Não deixe o tempo passar em vão,
Ele é responsável por destruir a perfeição.
Ele trabalha no silencio dos dias.
E, no fim, comemora a derrocada da alegria.

Cuida da tua alma, e da do próximo.
Não olhe a vida em apenas um sentido.
Veja o horizonte que surge... Ele é colorido, e não cinza como você vê.
Fixa teus olhos na felicidade coletiva, esquece teu eu.

Ninguém é capaz de amar coberto por barreiras.
Ninguém é capaz de sorrir sentindo dor.
Sonha com tudo que quiser,
Mas não deixe de acordar pra mudar o mundo.

Não deixe de olhar pra mim com esperança no olhar.
Não me faça esquecer de teu sorriso.
Ele é responsável pela minha ilusão.
Ele anuncia o fim.
Ele mostra o medo da solidão.

domingo, 6 de setembro de 2009

Saudade! Do que não se foi!

Já com Ares de um novo mundo!
Com saudade dos meu amores!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Minha Tarde (Rígel Castro)

Hoje é um dia incomum...
Hoje é dia do medo de perder!
Hoje eu te vi,
Mas não beijei você!

Hoje perdi minha tarde, com pensamentos inúteis.
Ah!... Se pelo menos eu tivesse a coragem de perder!

Perder o jogo,
Perder a vida,
Perder Você.

Hoje, acordei com o coração radiante de luz e esperança,
Afinal, hoje é segunda feira!
O que seria da semana sem o raiar de sol da segunda?
Mas, hoje, eu não beijei você!

É incrível como um simples gesto transforma a luz em treva!
Hoje me senti mais “amigo”!
Mais "sem você" do que nunca... Mas o que eu posso fazer?
Hoje é segunda, passei na rua e vi você, mas não te beijei!


Hoje é um dia incomum, que é presságio de dias comuns!
Enquanto os carros passavam... Eu vi você indo embora...
Perguntando-me, se tudo ainda existia...
Se tudo era tão real... O quanto minha alma pedia pra não ser.

Se a distancia permitisse-me... Eu sairia daqui nesse momento, só pra beijar-te.
Pois não queria que esse dia fosse um dia incomum...
Não queria lembrar que te vi e não te beijei!

domingo, 9 de agosto de 2009

Tácito (Rígel Castro)

Implícito,
Silencioso,
E Calado!

Sem os ruídos das ondas,
Das águas correntes
Das folhas agitadas
Sou uma estrela sem voz.
Sou o apelo do eu e do nós.

Rígel Castro!

Qual é a cor do infinito?
Que cor é essa que tanto me angustia


Quero olhar para o céu para ver as estrelas
E não o infinito
Ver a lua e não a escuridão
Ver a luz e não a SOLIDÃO

Gritando ( Rígel Castro)

Noites escuras!
Luas apagadas!
Ventos frios!
Sozinho no meio do silencio!
Vou trilhando a noite...
Vou decifrando o breu...
Vou tentando traduzir a aflição do meu eu.


Vou criando mundos e sonhos,
Vou correndo em uma floresta de espinhos,
Rasgando minha pele sem sentir dor.


Gritando no meio de uma multidão de surdos,
Vou caminhando contra a maré de gente,
Vou contrariando a lógica
Vou lutando contra o mundo.


Não quero ser engolido, não posso ser engolido... Não vou ser engolido!

Rígel Castro

Sou amante sem amor
Sou um ser sem vida!
Sou um quase!
Sou quase!

Sou um quase sorriso,
Sou um quase feliz,
Sou um quase vitorioso,
Sou um apaixonado sem uma grande paixão.

Sou um falso grito!
Sou louco, porém muito lúcido.
Sou feliz e, carrego a infelicidade.
Sou o quase que muitos amam e admiram.
Mas sou apenas o quase...
Que sonha!

Talvez a felicidade e o paraíso não existam de verdade,
Ou seja, um “tácito” como eu, é incapaz de sentir tudo isso!

Rígel Castro!

Queria ter forças para correr dias sem parar.
Quem sabe fazer uma reprise de “forest gump”.
Correr sem destino, sem compromisso.
Correr tão rápido que nada que me cause dor consiga alcançar-me.
Correr e olhar a tristeza ficar pra trás... Sem forças para me aprisionar!


Correr e esquecer um pouco do mundo...
Esquecer dos sonhos
Esquecer você!

Olhar o sol nascer e morrer!
Esquecer que existe tempo...
Esquecer que te amo...
Viver só! Sem nada pra me fazer sofrer.

Sonhar dias inteiros!
Discursar horas e horas!
Fazer planos de papel... E à noite queimá-los.

Ser só eu!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

“Só poderei sorrir no dia em que o mundo sorri e a dor for só uma lembrança distante.” (Rígel Castro)

“Só poderei sorrir no dia em que o mundo sorri e a dor for só uma lembrança distante.”

Aconselho-te a nunca perder a esperança no ser humano pois, é nessa utopia que vive a chave para mudar o mundo. Muitas vezes senti essa mesma desilusão, mas ao contrario de você, o meu sofrimento não foi por fantasiar um fato, mas sim, por viver no mundo real.

Os dias que teimam em ser eternos. (Rígel Castro)

Só queria por uma vez olhar nos olhos das pessoas e conseguir enxergar a esperança.
A minha acabou
É triste...
Mas acabou.
E é por isso que a solidão se aprisionou nos meus sonhos.

Procuro o que não vou encontrar,
E tento escutar o que não existe.
Luto contra um mundo cheio de seres irracionais.
Mas quem merece meu sangue?
Quem merece a minha dor?

Carrego no meu nome o sinônimo da tristeza e da solidão.
Sonho coisas tão impossíveis!

A vida daquele que ama,
Sem nada pedir em troca,
Nem sempre parece ser
O que o sorriso deixa transparecer

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Choro da minha alma! (Rígel “Tácito” Castro)


Choro da minha alma!
(Rígel “Tácito” Castro)


Porque os horizontes são tão distantes?
Hoje minha alma chora...
A realidade é a causa dessa dor!
A incapacidade de lutar por sonhos tão simples!

Hoje meu soluço é prolongado e, a dor não é passageira!
Em que ponto da vida eu errei?
Em que ponto eu fui omisso?
Em que lugar eu deixei de lutar?
Quando fui um opressor?

Reconheço a derrota como um homem honrado.
Mas não contenho as lágrimas, pois dentro de mim vive um ser humano.
Ser humano arrasado por uma guerra.
Que não encontra força, senão na esperança!

Hoje me afogo na tristeza do meu quarto.
Talvez à espera de um anjo pra me acalmar.
Suplicando por paz em uma noite longa.
Transformo meu rosto em uma cachoeira de lagrimas;


Eu estou tão cansado!
E o mundo não pode me ouvir!
Por mais que eu suba, eles nunca escutaram o choro sincero de um alguém,
Que não enxerga a Luz!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bob Marley

É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida.

terça-feira, 16 de junho de 2009

"Resolução"Bertold Brecht

Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram

Suas leis, para nos escravizarem.

As leis não mais serão respeitadas

Considerando que não queremos mais ser escravos.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e com canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.

Considerando que ficaremos famintos

Se suportarmos que continuem nos roubando

Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças

Que nos separam deste bom pão que nos falta.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria que a morte.

Considerando que existem grandes mansões

Enquanto os senhores nos deixam sem teto

Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos

Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.

Considerando que está sobrando carvão

Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão

Nós decidimos que vamos tomá-lo

Considerando que ele nos aquecerá

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.

Considerando que para os senhores não é possível

Nos pagarem um salário justo

Tomaremos nós mesmos as fábricas

Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria que a morte.

Considerando que o que o governo nos promete sempre

Está muito longe de nos inspirar confiança

Nós decidimos tomar o poder

Para podermos levar uma vida melhor.

Considerando: vocês escutam os canhões

Outra linguagem não conseguem compreender -

Deveremos então, sim, isso valerá a pena

Apontar os canhões contra os senhores!

sábado, 6 de junho de 2009

Pergunta nº 862 Livro dos espíritos.

862. Há pessoas que nunca conseguem êxito na vida e que um mau gênio parece perseguir em todos os seus empreendimentos. Não é isso o que podemos chamar fatalidade ?
-- Pode ser fatalidade, se assim o quiserdes, mas decorrente da escolha do gênero de existência, porque essas pessoas quiseram ser experimentadas por uma vida de decepções, a fim de exercitarem a sua paciência e a sua resignação. Não creias, entretanto, que seja isso o que fatalmente acontece; muitas vezes é apenas o resultado de haverem elas tomado um caminho errado, que não está de acordo com a sua inteligência e as suas aptidões. Aquele que quer atravessar um rio a nado, sem saber nadar, tem grande probabilidade de morrer afogado. Assim acontece na maioria das ocorrências da vida. Se o homem não empreendesse mais do que aquilo que está de acordo com as suas faculdades, triunfaria quase sempre; o que o perde é o seu amor-próprio e a sua ambição, que o desviam do caminho para tomar por vocação o simples desejo de satisfazer certas paixões. Então fracassa e a culpa é sua, mas em vez de reconhecer o erro prefere acusar a sua estrela. Há o que teria sido um bom operário, ganhando honradamente a vida, mas se fez mau poeta e morre de fome. Haveria lugar para todos, se cada um soubesse ocupar o seu lugar.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Via Láctea(Legião Urbana)

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso!
É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa.
Amanhã é outro dia
Não é?

Eu nem sei por quê me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou.

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim...

domingo, 24 de maio de 2009

TEMPO (RÍGEL CASTRO)

Sou escravo durante o dia, mas ao anoitecer sinto-me livre para viver meu ócio corriqueiro, afasto-me um pouco desse mundo caótico para entregar-me à boemia de um quarto escuro.
Mesmo cansado, sempre recuso a cama, não acho justo que um dia ruim seja recompensado por horas de sono... Não posso virar uma máquina Programada para fazer tudo igualzinho todos os dias. Acordar, comer, trabalhar, comer, trabalhar comer, dormi acordar, comer, trabalhar...
Sou guerreiro do tempo, multiplico os minutos, e não me entrego ao cansaço das horas, evito os caminhos iguais, crio passos e discursos diferentes, não me entrego aos desejos ínfimos dos desertos humanos... Sou tácito por natureza com um leve toque de uma estrela incandescente.

Maria Rita - Casa Pré-Fabricada





abre os teus armários
eu estou a te esperar
para ver deitar o sol
sobre os teus braços castos.
cobre a culpa vã
até amanhã eu vou ficar
e fazer do teu sorriso um abrigo

canta que é no canto que eu vou chegar.
canta o teu encanto que é pra me encantar
canta para mim
qualquer coisa assim sobre você
que explique a minha paz
tristeza nunca mais
vale o meu pranto
que esse canto em solidão.
nessa espera o mundo gira em linhas tortas
abre essa janela
primavera quer entrar
pra fazer da nossa voz uma só nota


canto que é de canto que eu vou chegar
canto e toco um canto que é pra te encantar.
canto para mim qualquer coisa assim sobre você
que explique a minha paz
tristeza nunca mais...

sábado, 23 de maio de 2009

(Bertold Bretch)

"Considerando nossa fraqueza, os senhores forjaram suas leis para nos escravizar. As leis não são mais respeitadas considerando que não queremos mais ser escravos. Considerando que os senhores nos ameaçam com fuzis e canhões, nós decidimos: de agora em diante tememos mais a miséria que a morte". (Bertold Bretch)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Por que o PSOL luta contra a corrupção?

Quando nós puxamos a palavra-de-ordem contra a crise, para que o povo trabalhador não pague a crise que ele vive, mas que ele não fez, quando a gente traz as três palavras-de-ordem 'corrupção, violência e injustiça social' é porque essas três palavras-de-ordem compõem o tridente satânico do capitalismo, do neoliberalismo. Não é uma coisa qualquer o significado disso.

Não é uma coisa qualquer lutar contra a corrupção. Às vezes tem alguns, até que se reivindicam de esquerda, que ficam contrariados quando a gente fica falando contra a corrupção. Mas sabe por que a gente fala contra a corrupção? Porque dizem todos aqueles que nós passamos a vida lendo e alardeando que líamos, inclusive o camarada Trotsky: 'a moral humana mais elevada é a moral socialista'.

É obrigação dos socialistas lutarem contra a corrupção. É obrigação dos socialistas mostrarem ao povo os segredos profissionais dos homens do capital, dos homens do poder.

A crise já estava instalada quando mais de 70% das meninas e meninos de 0 a 6 anos de idade no Brasil não tem uma creche, não tem uma pré-escola. A crise já estava instalada quando essa empresa capitalista chamada narcotráfico arrasta como mão-de-obra escrava e barata, para seu exército de reserva, as crianças e os jovens da pobreza.

A crise só passou a ter repercussão pública quando ela tocou no coração da elite. Tocou o coração da elite porque o senhor Fernando Henrique Cardoso, o senhor Luis Inácio Lula da Silva - porque crise tem nome! Quem fez a instabilidade política no Brasil não foram os 'brancos de olhinhos azuis'. Foi a majestade barbuda, imitando o tucanato com a política da alta de juros. Nunca os 'branquinhos de olhos azuis' ganharam tanto dinheiro como ganharam no governo Lula.

Sua excelência majestade deliquente barbuda queria ser mais neoliberal que sua excelência majestade deliquente FHC.

Por isso o PSOL está nas ruas, articulando com os movimentos sociais. O PSOL tem que estar discutindo a estruturação de uma alternativa não apenas para 2010. Mas para 2010 também!

Fala de Heloísa Helena no ato contra a crise e a corrupção em 2 de abril de 2009, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

"o dia já nasceu, acorda seu moço!"



Ele dorme atrás da porta do meu quarto, ao lado do meu guarda-roupas.
Durante a noite, é ele no canto dele e eu no meu, ninguém faz barulho pro outro acordar.
Porém quando o dia raia, lá pelas 6 da manha, ele começa a cantar bem baixinho como todo bom despertador deve ser e, quando percebe que estou prestes a acordar ele solta o verbo tão alto que todos notam...

Já se passaram 2 semanas, e ele virou o meu companheiro de quarto!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Carlos Marighella


Carlos Marighella (Salvador, 5 de Dezembro de 1911 — São Paulo, 4 de Novembro de 1969) foi um político e guerrilheiro brasileiro, um dos principais organizadores da luta armada para a implantação do Comunismo no Brasil e contra o regime militar a partir de 1964.
Um dos sete filhos do operário Augusto Marighella, imigrante italiano de Emília, terra de destacados líderes italianos, e da baiana Maria Rita do Nascimento, negra e filha de escravos africanos trazidos do Sudão (negros haussás), nasceu na capital baiana, residindo na Rua do Desterro 9, Baixa do Sapateiro, onde concluiu o seu curso primário e o secundário e, em 1934 abandonou o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Bahia para ingressar no Partido Comunista do Brasil (PCB). Torna-se então, militante profissional do partido e se muda para o Rio de Janeiro, trabalhando na reorganização do PCB.
Em 1º de maio de 1936, foi preso e torturado por subversão, detido até julho do ano seguinte. Ao sair da cadeia entra para a clandestinidade, até ser recapturado, em 1939. Novamente é torturado e fica na prisão até 1945, quando é beneficiado com a anistia pelo processo de redemocratização do país.
Elege-se deputado federal constituinte pelo PCB baiano em 1946, mas perde o mandato em 1948, em virtude da nova proscrição do partido. Volta para a clandestinidade e ocupa diversos cargos na direção partidária. Convidado pelo Comitê Cetral, passou os anos de 1953 e 1954 na China, a fim de conhecer de perto a recente revolução chinesa. Em maio de 1964, após o golpe militar, é baleado e preso por agentes do Dops dentro de um cinema, no Rio. Libertado em 1965 por decisão judicial, no ano seguinte opta pela luta armada contra a ditadura, escrevendo A crise brasileira. Em dezembro de 1966, renuncia à Comissão Executiva Nacional do PCB. Em agosto de 1967, participa da I Conferência da OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, realizada em Havana, Cuba, a despeito da orientação contrária do PCB. Aproveitando a estada em Havana, redige Algumas questões sobre a guerrilha no Brail, dedicado à memória do Comandante Che Guevara e tornado público pelo Jornal do Brasil em 05 de setembro de 1968. É expulso do partido em 1967 e em fevereiro de 1968 funda o grupo armado Ação Libertadora Nacional. Em setembro de 1969, apóia o seqüestro, no Rio de Janeiro, do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta da ALN e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). [1]
Com o recrudescimento do regime militar, os órgãos de repressão concentram esforços em sua captura. Na noite de 4 de novembro de 1969 Marighella foi surpreendido por uma emboscada na Alameda Casa Branca, na capital paulista. Ele foi morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. A ALN continuou em atividade até o ano de 1974. O sucessor de Marighella no comando da ALN foi Joaquim Camara Ferreira, que também foi morto por Fleury no ano seguinte. Os militantes mais atuantes em São Paulo eram Yuri Xavier Ferreira e Ana Maria Nacinovic, que continuaram fazendo panfletagem contra a ditadura até meados de 1972, quando também foram mortos numa emboscada no bairro da Mooca. Dezoito de seus militantes foram mortos e cinco foram considerados desaparecidos. O último lider da ALN foi Carlos Eugenio Sarmento da Paz, que sobreviveu auto-exilando-se na França, e

# voltando ao Brasil após a anistia.

Em 1996, o Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte de Marighella; em 7 de março de 2008 foi decidido que sua companheira Clara Charf deveria receber pensão vitalícia do governo brasileiro .


# Morte

Foi preparado uma emboscada contra Marighella, foi detido Tito e seus amigos de convento (exceto Frei Oswaldo) e Frei Fernando foi obrigado sob tortura a combinar um encontro com Marighella. Eles tinham um código que auxiliou na emboscada: "Aqui é o Ernesto, vou à gráfica hoje". O encontro foi marcado na Alameda Casa Branca, uma rua próxima ao centro da cidade de São Paulo.
No dia do encontro, havia um caminhão (cheio de civis armados) e um automóvel com supostos namorados (onde Fleury se escondeu), além do fusca com Fernando e Ivo.
Ao chegar na Alameda, às 20h00, se aproximou do carro com os freis e foi alvejado por vários tiros. Depois de morto, os freis foram retirados do fusca e seu corpo foi colocado no automóvel, em uma posição estranha, extremamente desconfortável se estivesse vivo.
Além de Marighella, outras três pessoas foram atingidas durante o tiroteio:
• Estela Borges Morato, investigadora do DOPS que simulou namorar Fleury, que foi morta pela polícia.
• Friederich Adolf Rohmann, protético, que foi morto pela polícia.
• Rubens Tucunduva, delegado envolvido na emboscada, que ficou ferido.


#Escritos


->Poesia

Marighella mostrou desde cedo pendor para a poesia. No curso de engenharia, divertia professores e colegas fazendo provas em verso. Também foi com versos que atacou o interventor baiano Juracy Magalhães, o que lhe valeu sua primeira prisão e tortura em 1932.
Sua obra poética está reunida no livro Rondó da Liberdade. Seus poemas, de caráter nitidamente político, apresentam por vezes um notável lirismo.

Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil

A crise brasileira

Trabalho teórico no qual analisa a conjuntura nacional a partir da estrutura de classes do Brasil e critica o PCB por resguardar-se de qualquer atividade consequente, acomodado na ilusão de um processo eleitoral limpo, e, ao mesmo tempo, refratário ao divórcio da burguesia.

Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano
O Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano foi escrito em 1969, para servir de orientação aos movimentos armados, pregando o sequestro, o terrorismo e as execuções como métodos de revolução. Circulou em versões mimeografadas e fotocopiadas, algumas diferentes entre si, sem que se possa apontar qual é a original. Nos anos 80, a CIA – Central Inteligence Agency, dos Estados Unidos, fez traduções em inglês e espanhol para distribuir entre os serviços de inteligência do mundo inteiro e para servir como material didático na Escola das Américas, por ela mantida, no Panamá.
Outros escritos políticos
Alguns escritos políticos de Marighella, embora redigidos por ele em português, ganharam primeiro uma edição em outra língua, devido à censura imposta a obras do gênero pelo regime militar brasileiro. É o caso de Pela Libertação do Brasil, que, em 1970, ganhou uma versão na França financiada por intelectuais marxistas.
Estão disponíveis em português: Alguns Aspectos da Renda da Terra no Brasil (1958), Algumas Questões Sobre as Guerrilhas no Brasil (1967) e Chamamento ao Povo Brasileiro (1968).

Vejá mais----->

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Marighella


http://www.carlos.marighella.nom.br/

sábado, 2 de maio de 2009

José Conrado, Minha força!




Um velho cruza a soleira
De botas longas de barbas longas de ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava sua camisa e seu alforge de caçador
Oh meu velho e invisivél Avôhai
Oh meu velho e indivisível Avôhai
Neblina turva e brilhante em meu cérebro coágulos de sol
Amanita matutina que transparente cortina ao meu redor
Se eu disser que é meio sabido você diz que é bem pior
E pior do que planeta quando perde o girassol
É o têrço de brilhantes nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira que nunca dormia só/Avôhai
O brejo cruza a poeira
De fato existe um tom mais leve na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida sua alma na altura que mandar
São os olhos são as asas/cabelos de Avôhai
Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei
Voava de madrugada e na cratera condenada eu me calei
Se eu calei foi de tristeza você cala por calar
E calado vai ficando só fala quando eu mandar
Rebuscando a conciência com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta no jogo de improvisar
Entre cortando eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa pra doutor não reclamar
Avôhai/Avôhai/Avôhai


sexta-feira, 1 de maio de 2009

refúgio (Rígel Castro)


Que saudade de olhar o barro vermelho da minha pequena iraquara
Que saudade de sentar na calçada e ouvir um sábio senhor contar o passado, e me fazer viajar no presente,
de ouvir mais do que falar... De escutar e acreditar.

Eu sei, a verdade se esconde lá!
A certeza caminha por lá!
A esperança nasceu lá!

Todos precisam de pequenos refúgios...

Sinto saudade dos dias demorados, do sono tranqüilo, do sorriso verdadeiro.
Busco inspiração... Mas onde se escondem as idéias?
Me desespero à procura de motivação... Mas onde se esconde a força?
Talvez o sussurro da noite possa responder.

Que saudade de ser criança... Que saudade de ser feliz!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

É PROIBIDO SONHAR (Frei Betto)

No passado, o futuro era melhor. Ao menos para a minha geração, a dos que tinham 20 anos na década de 1960 (Cuba, Che, Vietnã, Bossa-Nova, Cinema Novo, Nouvelle Vague, Beatles, tropicalismo etc.). Com o que sonham os jovens de hoje? Minha geração sonhou com a mudança do Brasil (castrada pelo golpe militar de 1964) e do mundo (congelada pela queda do Muro de Berlim). A globocolonização neoliberal cuidou de privatizar, não apenas empresas públicas e estatais, mas também os sonhos.

Os jovens já não sonham em escala nacional e planetária, exceto no que concerne à preservação da natureza. Sonham em escala individual e familiar: conforto, riqueza, beleza e poder. Quem roubou os grandes sonhos? Por que o vocábulo ‘utopia’ desapareceu da linguagem corrente e é suspeito aos olhos dos intelectuais europeus?

Quem primeiro falou em utopia (do grego utopos, lugar nenhum) foi Hesíodo, poeta do século VIII a.C., em seu famoso texto "Os trabalhos e os dias". Evoca os homens que viviam como deuses, "sem preocupações em seus corações, protegidos da dor e da miséria." Ninguém envelhecia e, dotadas de "vigor incansável", as pessoas desfrutavam das "delícias dos banquetes". "Não conheciam o constrangimento e viviam em paz e abundância como os senhores de sua terra."

Hesíodo não nutria veleidades nostálgicas. Seu texto aproxima-se mais da literatura profética que da idílica. A era de ouro havia desaparecido porque os homens "não foram capazes de evitar a violência imprudente entre si e não queriam reverenciar os deuses." Agora, diz Hesíodo ao comparar a realidade ao sonho, não há "nenhum amor entre amigos ou irmãos, como no passado. Os contraventores saquearão as cidades uns dos outros e o poder fará a lei e o pudor desaparecerá."

A palavra ‘utopia’ foi cunhada por Thomas Morus em 1516, como título de seu mais conhecido livro. Essa idéia de que em tempos primordiais havia uma sociedade perfeita e que nos cabe, agora, resgatá-la, é mais acentuada nos filhos da tradição judaico-cristã. O mito bíblico do Paraíso isento de toda dor e pecado ecoa forte em nosso inconsciente. Aquilo que foi, será. Nem Marx logrou libertar-se do paradigma bíblico. Seu comunismo primitivo, imune à alienação e exploração, é a imagem de um passado refletido no futuro: a construção da sociedade comunista, onde haverá a adequação entre existência e essência do ser humano.

Em que ponto da Terra sobrevive a utopia que, no século XX, mobilizou milhões de militantes dispostos a dar a vida para que todos tivessem vida? O fundamentalismo islâmico não se compara ao ardor dos jovens revolucionários. Estes queriam mudar o mundo, não impor uma crença religiosa; buscavam implantar a justiça, não a predominância de uma fé; almejavam uma nova sociedade, não a hegemonia de uma religião; vislumbravam o êxito na derrubada do poder opressor, não na morte coroada pelo martírio.

O socialismo foi a grande utopia de minha geração. Sonhávamos com uma sociedade na qual ninguém estaria ameaçado pela fome, a guerra, a exploração, a discriminação e a marginalização. A Rússia foi a primeira a implantar, em 1917, o novo sistema esboçado na crítica de Marx e Engels ao capitalismo. Em 1949 o gigante chinês deu o mesmo passo.

Embora o socialismo tenha representado grandes avanços quanto aos direitos sociais, não tardaram a se repetirem as "desilusões de Hesíodo": crimes de Stalin, Revolução Cultural chinesa, imperialismo político, a ditadura do proletariado reduzida à ditadura dos dirigentes do partido único etc.

Hannah Arendt, militante da esquerda alemã, ao renegar suas idéias revolucionárias cometeu o equívoco de encarar o marxismo e o fascismo como diferentes versões do totalitarismo. Disseminou, pois, o pensamento antiutópico, hoje representado no Brasil pelo PSDB e pelo PT. Assim, cerrou o horizonte da esperança e reforçou o neoliberalismo.

Para os adeptos do antiutopismo, que já não crêem em sociedade pós-capitalista, há sim identificação entre este sistema e democracia. O capitalismo seria perverso em seus abusos, não em sua essência. Acreditam, portanto, em ser possível "humanizá-lo", sem atinarem para as conexões entre Wall Street e a Etiópia, o bem-estar dos países escandinavos e a presença significativa de seu capital e de suas empresas em países emergentes.

Sofre-se, hoje, de distopia, a utopia deteriorada, ceticismo, desencanto, que induzem muitos a se acomodarem tristes em seu canto. O que resta da esperança quando já não cremos em líderes, partidos, doutrinas e ideologias? O que resta quando, à nossa volta, se fecham todas as portas e janelas? Resta a amargura, o desalento, a repulsa ao poder. Esse o momento em que o sistema comemora a sua vitória sobre nós. Esvaziar-nos de utopia, neutralizar-nos, cooptar-nos, eis a tática daqueles que professam o dogma de que "fora do mercado não há salvação".

Quem não sonha com a utopia corre o sério risco de recorrer ao sonho químico das drogas, que sempre termina em pesadelo.

sábado, 18 de abril de 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Obj. Humano (Rígel Castro)

Liberdade, liberdade, liberdade...
Liberdade.
Liberdade!
Liberdade!!!!
Liberdade?
O que ela é?

(L)


Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão
Você é meu sol, um metro e sessenta e cinco de sol
E quase o ano inteiro os dias foram noites
Noites para mim
Meu sorriso se foi
Minha canção também
E eu jurei por Deus não morrer por amor
E continuar a viver
Como eu sou um girassol, você é meu sol

Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão
Morro de amor e vivo por aí
Nenhum santo tem pena de mim
Sou agora um frágil cristal
Um pobre diabo que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer
Como eu sou um girassol, você é meu sol

Juventude e cultura neoliberal (Frei Betto)

A cultura neoliberal teme o idealismo dos jovens. Todos os grandes revolucionários da história tinham menos de 30 anos de idade ao ousarem consagrar suas vidas a transformar sonhos em realidade.

São três os recursos utilizados pelo neoliberalismo para neutralizar as motivações utópicas da juventude. Primeiro, a desistorização do tempo. Extirpar o caráter histórico do tempo, herdado dos hebreus e tão presente na mensagem de três judeus paradigmáticos à nossa cultura: Jesus, Marx e Freud. Sem o varal da história, o tempo transforma-se num movimento cíclico. A historicidade cede lugar à simultaneidade. O compromisso ao “ficar”. O projeto ao prazer imediato. Assim, perde-se a dimensão biográfica da vida, agora reduzida à esfera biológica.

O antídoto para este atentado à cultura é a participação política: no grêmio ou no diretório estudantil; nos movimentos sociais ou partidários; na luta por direitos humanos ou pela defesa do meio ambiente. Toda escola deveria ser um centro de formação política, sem partidarismo, mas tendo clareza de formar cidadãos e não consumidores.

O segundo recurso neoliberal é a redução da cultura ao mero entretenimento. Nada de programas televisivos que despertem a consciência ou imprimam densidade ao espírito. Valem o apelo sensitivo, o jogo de imagens, o voyeurismo, a pornografia e a violência. Nada de fazer pensar e, muito menos, ter senso crítico.

Neste caso, o antídoto é a própria cultura. Acostumar crianças a lerem livros e jovens a debaterem temas da conjuntura nacional e internacional. Educar o olhar em cineclubes e sessões de vídeos, em que filmes, capítulos de novelas e clipes publicitários são analisados criticamente.

O terceiro recurso neoliberal é o consumo como fonte de valor humano. Em si, a pessoa nada vale. Mas revestida de uma mercadoria valiosa, como carro importado, mansão e grifes, passa a ter valor. Ou seja, é a mercadoria que imprime valor às pessoas e não o contrário.

Neste caso, o antídoto é a espiritualidade. Quem abre-se ao transcendente, faz a experiência de Deus, entusiasma-se no serviço ao próximo, já não busca fora de si a felicidade saboreada em seu espírito. Prefere a solidariedade à competitividade. Vive o amor, não como dever, mas como o prazer de ser feliz por fazer os outros

Carlos Lamarca nasceu no dia 27 de outubro de 1937, no bairro do Estácio, zona norte, do Rio de Janeiro. Seu pai Antonio Lamarca era sapateiro, e sua mãe Gertrudes dona de casa. Lamarca tinha seis irmãos. Desde criança era um homem decidido e sempre teve liderança nas brincadeiras com os outros garotos. Cursou o primário na Escola Canada e o ginasial no Instituto Arcoverde, ele foi o único dos filhos a chegar a Ter curso superior.

Em 1947, Carlos Lamarca ingressa na Escola Preparatória de Cadetes em Porto Alegre, e se mostra um cadete muito aplicado

Em 1957, foi transferido para Rezende, para Academia Militar de Agulhas Negras, na Academia Lamarca lê o jornal a “Voz Operaria” do PCB ( esse jornal era colocado debaixo dos travesseiros dos cadetes escondido), e começa a se simpatizar com as idéias comunistas.

Em 1958, Lamarca fica noivo de Maria Pavan, uma amiga desde a infância.

Em 1959 ainda aspirante e contra o regulamento, casa-se secretamente com Maria, que já esperava o primeiro filho. Lamarca e Maria vão morar no campo do Santana no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1960 nasce César Lamarca ainda em 1960 Lamarca é declarado oficialmente aspirante, e vai servir em São Paulo, no 4 Regimento de infantaria em Quitaúna, Osasco.

Em 1962 vai servir como segundo tenente nas forças da ONU, na ocupação do canal de Suez, no Oriente Médio, no Suez Lamarca começa a tomar consciência da pobreza do povo Árabe , e compara a situação do povo Árabe com a situação do povo brasileiro. Nessa época Maria Pavan já estava grávida novamente, a criança nasce em outubro de 1962 e se chama Claudia.

Em 1963, volta ao brasil, nesse momento as idéias comunistas vão ganhando mais força em Lamarca através da leitura de clássicos marxistas. Lamarca serve até 1965 na 6 companhia da policia do Exército, em Porto Alegre.

Lamarca considerava Leonel Brizola um autentico líder popular, admirou a sua tentativa de resistência no Rio Grande do Sul e deplorou a atitude de Jango considerando-a covarde. Lamarca jamais concordara com o golpe militar, e não suportava ser guardião de presos políticos, numa noite de sábado promoveu a fuga do Capitão da Aeronáutica Alfredo Ribeiro Dandt que era acusado de atividades subversivas, esse fato ocorreu em dezembro de 1964. Após a fuga foi aberto um inquérito para apurar os responsáveis , mas o inquérito não deu em nada. Após esse acontecimento Lamarca pede transferencia para o 4 regimento de Infantaria em Quitaúna.

Em Quitáuna Lamarca reencontra velhos amigos: o cabo José Mariane, o sargento Darcy Rodrigues, todos eles de oposição dentro do Exército. Em Quitaúna Lamarca organiza um clube, um local para que os militares de oposição pudessem discutir política dentro do Quartel. Mariane, Darcy e Lamarca estavam convencidos da necessidade de estruturar o foco guerrilheiro numa área rural. Lamarca se une ao grupo de revolucionários do 4 Regimento, e logo a rede política se expande e chega até outras corporações. Apesar da atividade política Lamarca segue a risca suas obrigações no exército, tornando se um oficial exemplar e se mostrando um excelente atirador. Perante aos soldados Lamarca era severo mas amigo, sempre procurando ajudar os soldados, e chegando até a emprestar dinheiro, mas perante aos outros oficias era o inverso.

Em 25 de agosto de 1967, Carlos Lamarca é promovido a Capitão, nesse ano ele retoma os estudos sobre marxismo, o trabalho político que desenvolve com os outros militares “revolucionários” vai prosperando, e a sua idéia de guerrilha se consolida em seus planos. Em 1967 Lamarca sente muito a morte de Che Guevara e diz “perdemos um dos maiores lideres internacionalistas mas a visa é assim ou se morre ou se vence. Che Guevara morreu, mas deixa sua semente, raízes que não morrerão”.

Em 1968 Lamarca procura uma organização que tivesse em seus planos deflagrar guerrilha e levar o povo ao poder. Entra em contato com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), com Carlos Marighela ex- dirigente do PCB e principal comandante da ALN (Aliança de Libertação Nacional), e encontra-se também com a direção do PC do B.

Lamarca e o sargento Darcy ingressam na VPR em dezembro de 1968, Lamarca foi convencido pelos dirigentes da VPR que após roubar as armas do quartel a VPR teria um local para iniciar a guerrilha rural. O sargento Darcy desviava do quartel munição e granadas, já que ele falsificava documentos sobre o gasto de munição nos treinamentos. Três dias antes de Lamarca roubar as armas do quartel, militantes da VPR são presos, e pôr saberem os nomes de Lamarca, Darcy e Mariane os três resolveram tirar as armas do quartel imediatamente. Então no dia 24 de janeiro de 1969 Lamarca entra com sua Kombi no quartel de Quitaúna e retira 63 fuzis FAL, três metralhadoras INA e munição, em certo momento dois sargentos perguntam a Lamarca para que que as armas estavam sendo retiradas, e ele responde que é para um treinamento de tiro, messe momento Lamarca passa a viver na clandestinidade. Na verdade a VPR ainda não tinha condição de fazer a guerrilha, como havia dito.

Maria Pavan e os dois filhos saem do Brasil pôr segurança e vão morar em Cuba até 1969.

Após o roubo ao quartel Lamarca passa a viver em “aparelhos em São Paulo. Três meses após o roubo ao quartel Lamarca participa de sua primeira ação armada, essa ação ocorreu no dia 9 de maio de 1968, a VPR assaltou dois bancos o Mercantil e o Itáu ao mesmo tempo, durante o assalto Lamarca vê o guarda civil Orlando Pinto Saraiva apontar a arma em direção a Darcy, Lamarca então dispara e acerta a nuca do guarda. Mesmo participando da luta armada Lamarca desejava a guerra de guerrilhas no campo. A rotina de Lamarca se mantia, ele era obrigado a passar o dia todo escondido em apartamentos da VPR, com isso ele ocupa seu tempo estudando marxismo lendo sobre Trotsky, Lenin, Mao, Che Guevara, já que ele nesse momento ainda não possuía grandes conhecimentos teóricos. Lamarca enfrenta outro problema; além de não existir a área de guerrilha a, VPR a partir de janeiro de 1969 estava passando por um momento difícil após a prisão de vários militantes. Devido a crise a VPR convoca um congresso para se discutir as próximas ações, nesse congresso Lamarca é nomeado dirigente, ele aceita esse cargo a contra gosto, pois perseguia somente o papel de líder da guerrilha rural e não de uma organização tipicamente urbana onde seria obrigado a dar respostas a problemas não militares.

Já como dirigente Lamarca conhece Iara em abril de 1969, Iara era uma militante que passara por algumas organizações, e que no inicio de 1969 tinha a função de manter contato ente a VPR e a Colina Em junho de 1969 a VPR se une a Colina e forma VAR- Palmares, as duas tinham divergências mais possuíam um ponto em comum, a luta armada através da guerrilha. para uma futura união das duas organizações.

Lamarca e Iara se apaixonam, mas Lamarca tenta lutar contra esse sentimento, já que não seria justo com Maria que estava fora do país. Lamarca reluta em ficar com Iara, mas no meio de 1969 ele assume seu relacionamento com Iara e passam a viver juntos sempre que possível.

Após o assalto ao banco Lamarca comanda uma operação na casa da amante de Adhemar de Barros, um político completamente corrupto. Então no dia 18 de julho de 1969 Lamarca e seus companheiros roubam o cofre da casa, e quando o abrem vêem uma montanha de dinheiro, um total de 2 milhões e 500 mil dólares. Os militantes tiveram que trocar os dólares também no mercado negro, já que as casas de cambio freqüentemente eram vigiadas, cada militante recebeu 800 dólares para despesas, uma parte foi utilizada para preparar novas ações, uma fortuna foi gasta para manter os militantes na clandestinidade e 600 mil dólares caíram nas mãos da repressão.

Entre Julho e Agosto de 1969 se realiza o congresso da VAR-Palmares, desse congresso Lamarca , Iara e outros companheiros saem da VAR por causa de entre outros motivos a relutância da VAR em se dirigir ao campo para guerra de guerrilhas. Com isso Lamarca refunda a VPR absorvendo vários dissidentes da VAR, a nova VPR é fundada oficialmente no final de 1969.

A nova VPR compra um sítio no vale do Ribeira que seria usado para treinar os militantes para guerrilha, em janeiro de 1970 já havia chegado todos os militantes que receberiam treinamento inclusive Iara. Mas um sério distúrbio ginecológico hormonal fez com que Iara fosse obrigada a abandonar o campo de treinamento. Após o treinamento, o plano seria enviar alguns militantes para duas regiões do nordeste para desencadear a guerra de guerrilhas, mas a prisão de Mário Japa dirigente da VPR que conhecia a localização do sítio de treinamento, fez com que se desmobiliza-se parcialmente o campo de treinamento, já que Mário estando preso e sofrendo torturas poderia entregar o campo. Preocupados com a vida de Mário Japa a VPR decide seqüestrar o cônsul do Japão. Com o seqüestro, Mário e outros companheiros são soltos, mas a repressão continua a prender vários militantes, dois desses militantes delatam a área de treinamento. Lamarca ao saber da delatação inicia a evacuação da área , oito companheiros saem do campo de treinamento, nove permanecem, eram eles: Lamarca, os ex-sargentos Darcy Rodrigues e José Araujo Nóbrega, Gilberto Faria Lima, Ioshitante Fujimoto, Edmauro Gopfert, Diogenes Sabrosa, o ex-soldado Ariston Lucena e José Lavenchia. Os guerrilheiros estavam escondidos em áreas perto do campo principal. Lá pelo dia 22 de Abril já havia 1500 homens a procura dos guerrilheiros, havia vários helicópteros, aviões com pára-quedistas. José Lavenchia e Darcy Rodigues são presos pelo exército no dia 27 de Abril, os outros guerrilheiros continuavam a fugir, Lamarca e seu pequeno grupo se mostrara extremamente eficiente contra o exército. José Araujo Nobrega e Edmauro também são presos pelo exército.

No dia 8 de Maio, Lamarca num confronto consegue render um tenente, dois sargentos, dois cabos e doze soldados, e lê os termos de rendição para o tenente, 1- os guerrilheiros não fuzilariam ninguém, 2- os feridos seriam atendidos, facilitando o transporte dos mesmos, 3- os guerrilheiros apenas trocariam algumas armas sem expropriar nenhuma, 4-reabasteceriam de munição as armas, 5- O tenente levantaria o bloqueio do exército em Sete Barras (cidade próxima).

O tenente concordou com os termos só que não ordenou o levantamento do bloqueio, fazendo com que Lamarca e seu grupo caíssem numa emboscada. Os guerrilheiros conseguem fugir da emboscada e decidem executar o tenente, afinal, ele não havia comprido o acordo e não havia condição de prosseguir com ele naquela situação de cerco. O tenente deveria ser fuzilado mas para não fazer barulho o executam com uma coronhada de fuzil no dia 10 de maio.

Lamarca e seu pequeno grupo continuavam a fugir, começaram a fazer contato com os camponeses da região para obter comida e se impressionaram como eram bem recebidos na maioria das vezes, alguns camponeses que ajudaram o grupo de Lamarca foram mortos e torturados pelo exército. Lamarca decide que o companheiro Gilberto Faria Lima que não estava identificado pêlos órgãos de repressão deveria sair da região para buscar ajuda em São Paulo. No dia 30 de Maio Gilberto pega um ônibus para a Capital sem problemas.

No dia 31 de Maio Lamarca e seu grupo montam uma emboscada e conseguem capturar um veiculo do exército , fazem 5 prisioneiros, sendo um sargento e quatro soldados, os guerrilheiros vestem os uniformes dos prisioneiros e conseguem passar pelo bloqueio do exército sem problemas, e seguem para São Paulo, ao chegarem a São Paulo abandonam o caminhão e deixam os prisioneiros amarrados na caçamba.

Lamarca e seu grupo conseguem incrivelmente escapar do Vale da Ribeira, mesmo sendo perseguidos pôr milhares de soldados, sendo bombardeados pôr aviões. Essa vitória prova que um pequeno grupo se movimentando rapidamente, com tática de guerrilha é extremamente eficiente.

Após a fuga no Vale do Ribeira, Lamarca encontra sua organização em crise devido a prisão de vários militantes.

No início de junho de 1970 o Conselho Permanente de Justiça da 2° Auditoria Militar de São Paulo condena Lamarca a revelia a 24 anos de prisão pelo roubo de armas do Quartel de Quitauna, condena o ex-cabo Mariane a 12 anos e o ex-sargento Darcy Rodrigues a 16 anos.

Devido a situação difícil que passava a VPR, ela decide junto com a ALN realizar mais um seqüestro . O seqüestro foi realizado no Rio de Janeiro. Alguns militantes cercaram o carro do embaixador da Alemanha Ocidental e o seqüestraram. No dia 12 de junho, o dia após o seqüestro o presidente Médici e os ministros da justiça militar e das relações exteriores decidem aceitar parte das exigências dos seqüestradores , Os militares permitem que seja publicado na imprensa um manifesto dos militantes de nome “Ao povo brasileiro”. No dia 13 de junho o governo concorda com em libertar presos políticos, e dois dias depois um avião levanta vôo levando 40 presos políticos para a Argélia, entre os presos libertados estão: José Lavenchia, Darcy Rodrigues, José Araújo Nobrega e Edmauro Gopfert.

Em Setembro de 1970 Lamarca vai para um aparelho no interior do estado do Rio, Lamarca ainda acreditava na guerrilha, mas estava muito preocupado com o crescente numero de companheiros presos e torturados, também percebia que grande parte do povo não estava preocupado com os presos políticos e com as torturas que eles sofriam, o trabalhador explorado continuava submisso e calado.

No dia 7 de Dezembro de 1970, Lamarca comanda o seqüestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, no bairro de Laranjeiras no Rio de Janeiro, no momento do seqüestro o agente de segurança Hélio Araújo de Carvalho é ferido e morre no hospital, o motorista é dominado e os militantes levam o embaixador para o cativeiro. A VPR faz as seguintes exigências para libertar o embaixador: O governo deveria soltar 70 presos políticos, divulgar textos de propaganda e distribuir gratuitamente passagens nos trens do subúrbio até o final das negociações. Mas dessa vez o presidente Medici endureceu e só concordou em libertar os presos políticos, a VPR manda várias listas com os nomes dos presos que deveriam ser soltos mas o governo não concorda em libertar alguns presos citados. A nova estratégia do governo surpreende a VPR que só tinha duas opções: aceitar as condições do governo ou matar o embaixador. A maioria decide matar o embaixador, mas Lamarca é contra porque matar o embaixador iria repercutir mal junto ao povo e afinal se deixaria de libertar 70 companheiros que estavam sofrendo todo o tipo de tortura nos porões da ditadura. Então Lamarca como comandante da operação diz: “Sou o comandante da ação, decido eu. Não vamos matar Bucher.”

Após se chegar a um acordo a cerca dos presos que seriam libertados, 70 presos políticos partem no dia 16 de janeiro rumo ao Chile de Allende.

Após o fim do seqüestro Lamarca e Iara passam uns dias morando juntos, a decisão de Lamarca de não matar o embaixador é o estopim para uma série de discussões dentro da VPR. A VPR queria que Lamarca saísse do país já que ele era o homem mais procurado, mas Lamarca não aceita e permanece no Brasil.

No dia 22 de março de 1971 Lamarca rompe com a VPR e entra para o MR-8, Lamarca gostava de todos da VPR mas politicamente considera a VPR muito vanguardista, negava qualquer espaço para o povo e não via como mudar essa situação por isso entra para o MR-8, Iara o acompanha. No MR-8 Lamarca via novamente a possibilidade de ir para o campo, implantar o foco guerrilheiro e levar o povo ao poder, o MR-8 reservava ao povo um papel no processo revolucionário, isso foi um dos motivos da aproximação de Lamarca.

De repente o MR-8 começa a ruir, no dia 14 de maio Stuart Edgard Angel de 27 anos, membro da direção do MR-8 é preso e levado para a base aérea do Galeão, lá é torturado de todas as formas para dizer a localização de Lamarca, apesar das torturas Stuart não o entrega. Stuart morre após ser amarrado na traseira de um jipe da Aeronáutica e ser arrastado de um lado para o outro com a boca no cano de descarga do jipe, Stuart morre asfixiado e intoxicado pelo monóxido de carbono. Os oficiais que participaram do assassinato de Stuart eram o Brigadeiro Burnier, Carlos Afonso Dellamara comandante do CISA, os tenente-coronel Abílio Alcantra e Muniz, o capitão Lúcio Barroso e o major Pena, todos do CISA., Alfredo Poeck capitão do Cenimar e pelo agente do Dops Jair Gonçalves da Mota.

Neste momento o MR-8 estava cercado no Rio de Janeiro e Lamarca e Iara estavam correndo perigo, então os dois partem em direção a Bahia ( Iara consegue vencer a resistência da Organização em deixa-la ir junto com Lamarca já que não se sabia como absorve-la no trabalho no campo. Lamarca e Iara chegam a Bahia mas não ficam juntos, Lamarca se dirige a Buriti Cristalino e Iara a Salvador.

No dia 29 de junho de 1971 Lamarca chega a área de campo em Buriti Cristalino, e fica escondido no meio do mato, somente recebendo visitas de companheiros do MR-8 que levavam sua comida, esses companheiros já estavam na região fazendo um trabalho de conscientização e educação com os camponeses. No dia 30 de julho Lamarca e seus companheiros discutem sobre a região e sobre as perspectivas de atuação, e percebem que seria um erro fazer a guerrilha ali, era necessário que a região tivesse alguma importância econômica para que a ação pudesse abalar o governo, e todo aquele agreste não tinha nenhuma importância para o país. Então ficou decidido que ali só se faria um trabalho de conscientização, recrutamento e formação de militantes de origem camponesa para mais tarde serem deslocados para uma região mais favorável a guerrilha..

No dia 6 de Agosto o militante Zé Carlos do MR-8 é preso em Salvador e fica a duvida se ele entregaria o local onde estava Lamarca e Iara, Zé Carlos é torturado mas não fala tudo de uma vez, fala sobre onde estava Iara porque achava que ela já tinha ido para Feira de Santana mas estava enganado, no dia 20 de agosto de 1971 os militares envadem o prédio onde estava Iara, prendem o companheiro Jaileno e outras pessoas, Iara parecia estar salva mas um menimo a vê com duas armas e avisa aos militares, Iara fica presa num quarto porque o menino que a viu bateu a porta e a porta só abria por fora, acuada, sem chances de escapar se suicida com um tiro no meio do peito.

Com a morte de Iara os militares tem certeza que Zé Carlos sabia onde estava Lamarca, e ainda possuíam o diário de Lamarca que falava da região onde estava. Em cima das informações de Zé Carlos e com o diário da Lamarca nas mãos, os agentes vão mapeando a região.

Lamarca e os militantes ficam sabendo que Zé Carlos estava preso, e mesmo sabendo dos riscos em permanecer em Buriti Cristalino resolvem ficar porque não podiam abandonar todo o trabalho que estava sendo feito com o povo da região, por precaução montam vários táticas de fuga caso fosse necessario.

No dia 28de Agosto os militares e policiais chegam a Buriti Cristalino, Olderico, militante do MR-8, percebe que tudo havia sido descoberto e quando os militares ordenam que todos saiam das casas ele começa a atirar para que Zequinha e Lamarca que estavam no acampamento ouvissem os tiros e fugissem, a atitude corajosa de Olderico deu certo ao ouvirem os tiros no vilarejo Lamarca e Zequinha fugiram pela Caatinga. Olderico é baleado. Buriti Cristalino foi palco do terror com a presença dos militares e policiais na região, vários camponeses foram torturados e espancados a troco de nada, animais dos camponeses foram fuzilados só por diversão, o militante Otoniel foi morto. Os militares continuavam a perseguição a Lamarca, este estava muito doente o que dificultava sua locomoção, o próprio Lamarca dizia para Zequinha o largar e fugir mas Zequinha respondia que "Quem é amigo na vida é amigo na morte!".

No dia 17 de Setembro Zequinha e Lamarca estão descansando embaixo de uma arvore, já haviam percorrido mais de 300km em fuga, quando Zequinha percebe que estão cercados, ele então grita para Lamarca " Capitão os homens estão ai", Lamarca não tem tempo nem para atirar, é fuzilado pelo Major Cerqueira, Zéquinha corre ainda alguns metros mais também é morto, antes de cair Zequinha grita: "Abaixo a ditadura!". O corpo de Lamarca e Zequinha são levados para Brótas de Macaúbas onde são jogados num campo de futebol para todo mundo ver. Os Agentes se divertiam dando chutes nos cadaveres, rindo e dando gargalhadas de felicidade.



http://www.angelfire.com/de2/cheguevara/lamarca.htm




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Só Deus Pode Me Julgar (Mv Bill)




A realidade!!! essa musica me arrepia!!!!



Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar/ Minha auto-estima não é fácil de abaixar/ Olhos abertos fixados no céu/ Perguntando a Deus qual será o meu papel/ Fechar a boca e não expor meus pensamentos/ Com receio que eles possam causar constrangimentos/ Será que é isso? Não cumprir compromisso/ Abaixar a cabeça e se manter omisso/ A hipocrisia, a demagogia/ Se entregue a orgia, sem ideologia/ A maioria fala do amor no singular/ Se eu falo de amor é de uma forma impopular/ Quem não tem amor pelo povo brasileiro/ Não me representa aqui nem no estrangeiro/ Uma das piores distribuições de renda/ Antes de morrer, talvez você entenda/ Confesso para ti que é difícil de entender/ No país do carnaval o povo nem tem o que comer/ Ser artista, popstar, pra mim é pouco/ Não sou nada disso, sou apenas mais um louco/ Clamando por justiça e igualdade racial/ Preto, pobre, é parecido mas não é igual/ É natural o que fazem no senado/ Quem engana o povo simplesmente renuncia o cargo/ Não é caçado, abre mão do seu mandato/ Nas próximas eleições bota a cara como candidato/ Povo sem memória, caso esquecido/ Não foi assim comigo, fiquei como bandido/ Se quiser reclamar de mim, que reclame/ Mas fale das novelas e dos filmes do Van Damme/ Que teve no Brasil, no programa do Gugu/ Rebolou, vacilou, agaixou e mostrou o.../ Volta pra América e avisa pra Madonna/ Que aqui não tem censura, meu país é uma zona/ Não tem dono, não tem dona, o nosso povo tá em coma/ Erga a sua cabeça que a verdade vem a tona/

Refrão 2x - É/ Mantenho minha cabeça em pé/ Fale o que quiser pode vir que já é/ Junto com a ralé/ Sem dar marcha-ré/ Só Deus Pode Me Julgar/ Por isso eu vo na fé/

Soldado da guerra a favor da justiça/ Igualdade por aqui é coisa fictícia/ Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo/ Mas tenta me imitar se olhando no espelho/ Preconceito sem conceito que apodrece a nação/ Filhos do descaso mesmo após abolição/ Mais de 500 anos de anos de sofrimentos/ Me acorrentaram, mas não meus pensamentos/ Me fale quem? (quem), Tem o poder? (quem)/ Pra condenar? (quem), Pra censurar? (alguém)/ Então me diga o que causa mais estrago/ 100 gramas de maconha ou 1 maço de cigarro/ O povo rebelado oculiza na favela/ A música do Bill ou a próxima novela/ Na tela a seqüela, no poder corrupção/ Entramos pela porta de serviço, nossa grana não/ Tá Bom, só pra quem manda bater/ Pisando nos humildes e fazendo nosso ódio crescer/ CV, MST, CUT, UNI, CUFA, PCC/ O mundo se organiza cada um da sua maneira/ Continuam ironizando vendo como brincadeira (besteira)/ Coisa de moleque revoltado/ Ninguém mais quer ser boneco, ninguém quer ser controlado/ Vigiado, programado, calado, ameaçado/ Se for filho de bacana, o caso é abafado/ A gente é que é caçado, tratados como réu/ As armas que eu uso é microfone, caneta e papel/ A socialite assisti a tudo calada/ Salve, salve, salve, Ó Pátria Amada, Mãe Gentil/ Poderosos do Brasil/ Que distribuem para as crianças, cocaína e fuzil/ Me calar, me censurar porque não pude falar nada/ É como se fosse o Rabo sujo, falando da Bunda mal lavada/ Sem investimento, no esquecimento/ Explode o pensamento, mais um homem violento/ Que pega no canhão e age inconseqüente/ Ou pega o microfone com discurso incontundente/ (Que te assusta) Uma atitude brusca/ Dignificando e vivendo por uma vida justa/ Fui transformado no bandido do milênio/ O sensacionalismo por aqui merece um prêmio/ Eu tava armado mas não sou da sua laia/ Quem é mais bandido? Beira-Mar ou o Sérgio Naya/ Quem será que irá responder/ Governador, Senador, Prefeito, Ministro ou você/ Que é caçado, e sempre paga o pato/ Erga sua cabeça para não ser decepado/

Refrão 2x - É/ Mantenho minha cabeça em pé/ Fale o que quiser pode vir que já é/ Junto com a ralé/ Sem dar marcha-ré/ Só Deus Pode Me Julgar/ Por isso eu vo na fé/

Como pode ser tragédia, a morte de um artista/ E a morte de milhões, apenas uma estatística/ Fato realista de dentro do Brasil/ Você que chorava lá no gueto, ninguém te viu/ Sem fantasiar, realidade dói/ Segregação e menosprezo é o que destrói/ A maioria esquecida no barraco/ Que ainda é algemado, extorquido e assassinado/ Não é moda, quem pensa incomoda/ Não morre pela droga, não vira massa de manobra/ Não me idolatro a Mauricinho da TV/ Não deixa se envolver porque tem proceder/ Pra que? Por quê? Só tem paquita loira/ Aqui não tem preta como apresentadora/ Novela de escravo, a emissora gosta/ Mostra os pretos chibatados pelas costas/ Faz confusão na cabeça de um moleque/ que não gosta de escola e admira uma Intratec/ Click-Cleck, mão na cabeça/ Quando for roubar dinheiro, público vê se não se esqueça/ Que na sua conta tem a honra de um homem/ Envergonhado ao ter que ver sua família passando fome/ Ordem, progresso e perdão/ Na terra onde quem rouba muito não tem punição/

Refrão 4x - É/ Mantenho minha cabeça em pé/ Fale o que quiser pode vir que já é/ Junto com a ralé/ Sem dar marcha-ré/ Só Deus Pode Me Julgar/ Por isso eu vo na fé

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sonhos X Realidade (Rigel Castro)


Escancara tuas portas...
Meus sonhos pedem passagem.
Viva a dualidade da vida.
Ora utopia, ora lucidez.
Viva a tristeza!
Viva as lagrimas!
Viva a esperança!
Viva o sorriso!

Será a realidade um sonho...
Ou o sonho uma realidade?

Não sei se posso ser fiel aos meus sonhos,
Mas tenho certeza que neles existem verdades escondidas.

Os sonhos são as janelas dos sentimentos,
Aqueles bem ocultos.
A dor,
A insegurança,
A solidão.

Escancara sua alma...
Preciso saber a realidade.
A vida agora é apenas lucidez
Viva o choro!
Viva a dor!
Viva a solidão!
Viva a desilusão!