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domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu crio a felicidade quando a tua falta (Rígel Castro)

Me dê suas mãos e venha comigo,
Pois como o poeta dizia: no caminho eu te explico.
Tem hora que conter a emoção faz tudo ficar eterno,
Como beijo de cinema
Como um aconchego bem de perto.

Larga esse medo por que o amanhã só pensa em sorrir,
Num olhar eu te prometo,
O mistério de ser feliz.
Num beijo secarei tuas lagrimas!
Não há o que temer!

Nesse mundo que te fiz
É obrigação ser um sol de alegria!
É dever sorrir e ser feliz.

Mas se um dia esse mundo torna-se prisão,
É porque já não pertences mais a tudo isso.
Fuja dos meus muros e olhe para trás,
Pois lá permanecerei imóvel.

Avesso (Rígel Castro)

Uma rima um ritmo,
Um passo um caminho...
Uma idéia um sentido,
O andar sozinho...

Outra vida virada, ou quem sabe o nada.
Outro canto olhado, com o sorriso acanhado.

Você quer e eu não fico.
Você me pede eu me viro.
Um adeus bem escrito,
Com o horizonte polido.

Lembrança ( Rígel Castro)

Os porta-retratos ficaram na estante.
Assim como a lembrança dos seus olhos,
E do teu sorriso,
Não vou movê-los nem um centímetro,
Aqui ficarão bem gravados.
A espera do teu retorno e do teu brilho.

Insônia (Rígel Castro)

Rasgo a madrugada sem pensar no amanhã.
Desço a escada da vida carregando uma mente insana.
Calo meus lábios afiados com um beijo teu.

Demoro a dormir com o calor da saudade.
Não volto a sorrir nem tenho vontade.
Sufoco a utopia com a realidade.

Adio meu sono por mais um verso.
Calo minha boca e beijo eu te peço.
Sufoca minha alma com o tempo regresso.

Rumo!(Rígel Castro)

Creio que esse tempo já não corre como antes,
E que decepções já não motivam lágrimas.
Tão ártico tem se tornado meu peito,
Que a tristeza já não sente prazer em pedir abrigo,
E a solidão despreza minha companhia.

Acho que já passou,
Da mesma forma que sol vai e a lua vem.
Não creio que faço mais parte disso tudo.
Deveras, sinto que minha estrada já não é a mesma,
Tão curta diferente de outrora.

Esperança (Rígel Castro)

Quiçá um dia verei essa terra florida de esperança
E esse povo esbanjando democracia.
Quiçá no futuro essa luta não será em vão.
E esse choro transformar-se-á em sorriso.

Aguardo ansiosamente que um dia saibamos escolher a verdade,
E que abandonemos a ilusão dos compradores de altar,
O dia que passaremos a enxergar um palmo a nossa frente.

Ainda quero ver essas ruas pintadas de alegria,
E as utopias tornado-se realidade.
Ainda quero o júbilo de uma criança,
E o extravasamento da liberdade.

Quiçá estarei aqui para ver meu povo sonhar, sorrir e ACORDAR.

Medo.(Rígel Castro)

A falta do acerto cria o medo
O exagero cria o medo
O medo cria o medo

A insegurança é escrava do medo
Toda paixão é regada de medo
Toda razão causa medo

Toda loucura mostra o medo
Todo silencio é reflexo do medo

Andamos para a morte com a idéia de vencer na vida.
Todo fim traz o medo
Todo meio faz o medo

Quantos de vocês têm medo?
O medo é inerente ao ser humano
Eu tenho medo!

O medo traz a inspiração
O medo transforma
O medo cala...

Trovador da solidão (Rígel Castro)

Ando meio pelos cantos.
Pra falar a verdade, ando chorando muito!
Ando sufocado pelas minhas aflições.
Escutando tristeza, me recolhendo em cantos escuros.
Há alguns dias, esqueci qual o significado de um sorriso.
É tão estranho e tão simples...
Ser feliz é ser comum.

Ando meio calado.
Pra falar a verdade, ando meio sem muitas razões.
Louco para que me escutem.
Ando tão só, e o pior, é que sempre estou rodeado de sorrisos.
Meus dias têm sido dolorosamente iguais.
É tão estranho e tão simples.
Ser feliz é ser comum.

Ando meio Tácito.
Muito mais do que os dias normais.
Pra falar a verdade,
Ando... Só...

Adeus do silencio. (Rígel castro)

São raras as lágrimas que secam no rosto!
São poucos os corações que sabem bater de verdade!

Tenho, Estado,
Apenas, Muito, Oposto.

São turvos seus olhos, confuso como o que ouço.
São caminhos estreitos!

Andas nos meus sonhos quando quer,
Creio que já passou da hora de dar adeus!
São raros os que sabem cuidar
São tantos os que não entendem e não sabem amar!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Solidão Um dom infernal. (Rígel “Tácito” Castro)

Quem flerta com escuro,
Quem não se contenta em ser apenas normal,
A esses é reservado o medo.
Por mais que mundo me abrace,
O poder de ser só é sempre mais forte.
Lutando contra tudo que me afasta do sorriso,
Percebi que não podemos ser felizes,
Não temos essa qualidade.
O mundo tem mais lágrimas do que sorrisos.
Iremos contribuir com o mar que se forma todos os dias.
Vamos contribuir com a verdadeira realidade.
Não preciso rimar pra mostra minha aflição.
Nem muito menos gritar para que escutem minha dor.
Levo assim sem muita algazarra, admirando os felizes por convenção.
E integrando a linha rala, mas, forte dos que nunca acreditaram na falsa promessa
De ser feliz.
Esquecemos que nada nessa vida se conquista sozinho.
Viver de momentos não vai mudar nem um trecho da nossa história.



Quando se espera uma palavra de amor,
Encontra-se uma voz fria.
Essa é a realidade dos que pensam que sabem amar.
Conhecemos nossos algozes pela sua posição ante a nossa dor.
Não basta o uso das palavras é necessária a forma mais bela de ação.
Frio, Febre e dor...
Levantar em um mundo cheio de pedras humanas é tão complicado!
Nem quem eu achava que me amava foi capaz de me dar esperança.
Só na solidão é que se encontra a razão dos poetas do coração.
Frio, Febre e dor...
Viver de momentos não vai mudar nem um trecho da nossa história.