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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008




Triste!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tempo (Rigel Castro)

Sou escravo durante o dia, mas ao anoitecer sinto-me livre para viver meu ócio corriqueiro, afasto-me um pouco desse mundo caótico para entregar-me à boemia de um quarto escuro.
Mesmo cansado, sempre recuso a cama, não acho justo que um dia ruim seja recompensado por horas de sono... Não posso virar uma máquina Programada para fazer tudo igualzinho todos os dias. Acordar, comer, trabalhar, comer, trabalhar comer, dormi acordar, comer, trabalhar...
Sou guerreiro do tempo, multiplico os minutos, e não me entrego ao cansaço das horas, evito os caminhos iguais, crio passos e discursos diferentes, não me entrego aos desejos ínfimos dos desertos humanos... Sou tácito por natureza com um leve toque de uma estrela incandescente.

Ausência. (Rigel Castro)

Quando a noite chega e as luzes se apagam
A dor da tua falta se faz cada vez mais presente
Não me importa se por alguns instantes escuto sua voz,
A saudade não ameniza o vazio que se mudou pra mim.
Longe de você meus olhos me guiam para a solidão...

Só (Rigel Castro)

Nos antros de alienação, a solidão me consome,
Como uma pequena vela é consumida em uma sala escura,
Onde as vozes de outros soam como sussurros no vazio.

Para todos os lados,
Por todo lugar,
Quem ama não pode sonhar.
Por todo canto,
Por toda curva,
Quem vive não pode Gritar.

Sonho Filmado (Rigel Castro)

Essa noite eu tive um sonho, uma espécie de filme de aventura com um leve toque de um suspense regado a terror com um final feliz.
Despertei em uma grande planície alagada, estava muito escuro, e um ar frio soprava contra o meu rosto. Sozinho no meio do nada, coloquei-me a pensar o que diabos eu fazia ali. Logo um estalo me trouxe a resposta: estava no mundo do meu subconsciente para encontrar um segredo que era escondido em uma grande muralha protegida por grandes guerreiros.

Passei o filme todo lutando, apanhado, morrendo e ressuscitando (como é comum nos sonhos humanos). Batalhei incansáveis horas do meu sono para alcançar a muralha. Para entrar foi outro grande sacrifício. Reuni legiões de soldados que se dispuseram a lutar ao meu lado. Tudo por um simples segredo.

Quando tudo parecia FIM... Quebrei uma janela e pulei para dentro de uma casa e eis que surge em minha frente um pequeno baú escrito SEGREDO. Minhas forças estavam quase zeradas. Peguei o baú com minhas mãos e, sem titubear, arrombei a fechadura e abri... Tive uma grande surpresa: o segredo que custou uma cansada noite de sono era um BOM DIA regado a uma linda musica e um belo nascer do sol.

Amanhã minha vida nasce com seus Raios!

O que é a solidão? (Rigel Castro)

O que é a solidão?
(Rigel Castro)

É a ausência da esperança!
É a falta da vida!
É a dor no peito!
É a falta que você faz!
É a lagrima no olhar!
É o grande abismo negro sem fim!
Que estou tentando afundar!

O que é a solidão?
É um grito mudo!
É um choro abafado!
É um sorriso desgraçado!
É um pedido de socorro que ninguém pode escutar!
É o olhar de longe!
É a felicidade morta...
É algo doloroso
Que estraçalha a vida

domingo, 12 de outubro de 2008

O bobo da corte!

Em meio a bandeiras verdes e vermelhas o povo comemorava a derrota da democracia, regados à cerveja e carregando, nos semblantes, sorrisos fabricados. A população mais uma vez fechava os olhos para o futuro.

Enquanto isso, nos seus palacetes, os compradores da democracia deliciavam-se com suas bebidas prediletas, preparando-se para quatro anos de muita alegria e amamentação de seus correligionários.

Uma semana passou e o assunto política sumiu da boca das pessoas, Fizeram da eleição uma grande festa... Aonde o povo é o bobo, e a minoria é a corte!
(Rigel Castro)

"É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida."
(Bob marley)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tempo....





"Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tenção que me corroe por dentro seja um dia recompensada"
(Oswaldo Montenegro)

sábado, 4 de outubro de 2008

Carpinteiro do universo( Raul Seixas e Marcelo Nova)

Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Não sei por que nasci
Pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser

Não sei, pois nasci para isso e aquilo.
E o enguiço de tanto querer
Carpinteiro do universo inteiro eu sou

Estou sempre
Pensando em aparar o cabelo de alguém
E sempre tentando mudar a direção do trem
À noite a luz do meu quarto eu não quero apagar
Pra que você não tropece na escada quando chegar

Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou

O meu egoísmo é tão egoísta
Que o auge do meu egoísmo é querer ajudar
Mas não sei por que nasci
Pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser

Não sei, pois nasci para isso e aquilo.
E o enguiço de tanto querer
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou,
assim.
No final
Carpinteiro de mim

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Quando uma criança é arrastada até a morte por bandidos, encenando o horror no meio da rua trafegada por carros blindados, logo comparece nos discursos cegos de paixão a famigerada pena de morte, como se sua inclusão num hipotético novo Código Penal fosse instituir o que já é instituído, com consentimento de todos os que se sabem isentos dela - as classes privilegiadas do país. Não é fácil precisar até que ponto essas concepções autoritárias são pura ingenuidade dos que ignoram qualquer conhecimento humanístico, ou sentimento atávico de quem perdeu o chicote mas não a vontade de açoitar.

Os brasileiros "bem-nascidos", cansados da miséria que criaram, deixam, à senda aberta, correrem firulas ideológicas de progresso cívico e, sem perceberem (ou será que percebem?), preconizam retrocessos civilizacionais, clamando ao Estado que lhes sirva mais do que tem servido, mais que lhes dando impunidade e chacinando o subproduto do modelo social de que são beneficiários. Apesar das masturbações cerebrais do pensamento médio pragmático, de nada adianta matar indivíduos marginais (na acepção mais integral do termo "marginal") cujo comportamento resulta de um padrão cristalizado de sociedade. Alguns dirão: Mas a pena de morte constituir-se-á uma medida curativa, urgente, sendo que, à medida que a sociedade evoluísse, dela precisaríamos cada vez menos, até ser extinta.

Mas, pergunto: como o país evoluiria sem sanar o mal fundador de todos os seus problemas graves - a desigualdade social? Como um país que tem apenas 5% da sua população com renda acima de R$800,00 (fonte: ONU) espera resolver questões derivadas dessa concentração? Uma parte dos brasileiros, que considera aceitável a tortura de favelados inocentes para fins de "investigação", sabe que nunca será vítima dela; outra parte, de camadas mais pobres, que também a legitima, o faz embalada pela pedagogia da "grande imprensa", e revolta-se com Suzane Hichtoffen, mas não vê o vizinho ser violentado e morrer na mesma rua em que mora (naturalizam o próprio descalabro).

Toda uma população em frangalhos, alienada na própria condição de quase gente, de Norte a Sul do país, está muito bem domesticada pela eficácia da televisão, sabe claramente o seu lugar. Agora, já que não se suicida, e fica só parindo natos traficantes, pois já lhe ensinaram que estes são - e não se tornam - delinqüentes, é só pedir às inertes autoridades a própria pena capital, para que, enfim, o Brasil de alguns possa seguir em paz na sua caminhada rumo ao futuro que nunca souberam planejar.
(Alex)