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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tempo (Rigel Castro)

Sou escravo durante o dia, mas ao anoitecer sinto-me livre para viver meu ócio corriqueiro, afasto-me um pouco desse mundo caótico para entregar-me à boemia de um quarto escuro.
Mesmo cansado, sempre recuso a cama, não acho justo que um dia ruim seja recompensado por horas de sono... Não posso virar uma máquina Programada para fazer tudo igualzinho todos os dias. Acordar, comer, trabalhar, comer, trabalhar comer, dormi acordar, comer, trabalhar...
Sou guerreiro do tempo, multiplico os minutos, e não me entrego ao cansaço das horas, evito os caminhos iguais, crio passos e discursos diferentes, não me entrego aos desejos ínfimos dos desertos humanos... Sou tácito por natureza com um leve toque de uma estrela incandescente.

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