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domingo, 10 de maio de 2009

Por que o PSOL luta contra a corrupção?

Quando nós puxamos a palavra-de-ordem contra a crise, para que o povo trabalhador não pague a crise que ele vive, mas que ele não fez, quando a gente traz as três palavras-de-ordem 'corrupção, violência e injustiça social' é porque essas três palavras-de-ordem compõem o tridente satânico do capitalismo, do neoliberalismo. Não é uma coisa qualquer o significado disso.

Não é uma coisa qualquer lutar contra a corrupção. Às vezes tem alguns, até que se reivindicam de esquerda, que ficam contrariados quando a gente fica falando contra a corrupção. Mas sabe por que a gente fala contra a corrupção? Porque dizem todos aqueles que nós passamos a vida lendo e alardeando que líamos, inclusive o camarada Trotsky: 'a moral humana mais elevada é a moral socialista'.

É obrigação dos socialistas lutarem contra a corrupção. É obrigação dos socialistas mostrarem ao povo os segredos profissionais dos homens do capital, dos homens do poder.

A crise já estava instalada quando mais de 70% das meninas e meninos de 0 a 6 anos de idade no Brasil não tem uma creche, não tem uma pré-escola. A crise já estava instalada quando essa empresa capitalista chamada narcotráfico arrasta como mão-de-obra escrava e barata, para seu exército de reserva, as crianças e os jovens da pobreza.

A crise só passou a ter repercussão pública quando ela tocou no coração da elite. Tocou o coração da elite porque o senhor Fernando Henrique Cardoso, o senhor Luis Inácio Lula da Silva - porque crise tem nome! Quem fez a instabilidade política no Brasil não foram os 'brancos de olhinhos azuis'. Foi a majestade barbuda, imitando o tucanato com a política da alta de juros. Nunca os 'branquinhos de olhos azuis' ganharam tanto dinheiro como ganharam no governo Lula.

Sua excelência majestade deliquente barbuda queria ser mais neoliberal que sua excelência majestade deliquente FHC.

Por isso o PSOL está nas ruas, articulando com os movimentos sociais. O PSOL tem que estar discutindo a estruturação de uma alternativa não apenas para 2010. Mas para 2010 também!

Fala de Heloísa Helena no ato contra a crise e a corrupção em 2 de abril de 2009, no Rio de Janeiro.

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